Pelos cálculos da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o reajuste
do mínimo terá impacto de R$ 76 milhões no pagamento de pessoal das 167
prefeituras do Rio Grande do Norte. Do total, R$ 66,2 milhões são
acréscimo no volume salarial e os restante de encargos trabalhistas. No
Brasil esse impacto será de R$ 2,6 bilhões, valor estimado só para
cobrir o reajuste de R$ 92 a mais a partir de janeiro.
Por região, o Nordeste apresenta o maior impacto nas finanças
municipais, de R$ 1,1 bilhão – considerando os encargos. Porém, ao
avaliar os números por Estado, Minas Gerais terá consequência pior com a
valorização do salário mínimo. Com maior número de Municípios, os
prefeitos mineiros terão que investir R$ 450,2 milhões a mais para este
fim. A partir do mesmo critério – quantidade de Municípios –, o Amapá
terá o menor gasto com o pagamento, pois tem o menor número de
funcionários públicos municipais.
Apesar de a valorização do mínimo ser um reivindicação popular, a CNM
esclarece que a medida promove impacto ainda maior nas finanças
Municipais, que já enfrentam um grave cenário de crise econômica e de
sobrecarga para tentar atender as demandas da população. Esse impacto
divulgado pela Confederação ocorre de forma intensa e imediata, por
conta das aposentadorias e benefícios sociais pagos com base no piso
mínimo nacional e pelo fato de começar a vigorar em poucos dias.
Outro problema que terá de ser vencido pelos gestores municipais, com o
reajuste, é o reflexo nos encargos patronais, 13º salário e férias dos
trabalhadores nesta situação laboral. O presidente a CNM, Paulo
Ziulkoski, reconhece que o salário mínimo está muito aquém daquilo que a
Constituição prevê e do que outros países pagam, mas o aumento provoca
um verdadeiro desastre em muitos Municípios do Brasil, que já estão no
caos.
Ziulkoski reforça que o reajuste é "bastante salutar para a população,
mas acréscimo de 11,67% pode causar problemas de caixa às prefeituras,
porque pressiona fortemente as folhas de pagamento dos Municípios que
estão baixa arrecadação".
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA FEMURN
Nenhum comentário:
Postar um comentário